Olá passageiros!
A postagem de hoje é com a Luise Schroeder, relatando sua experiencia na Alemanha.
Oi gente! Hoje vou contar para vocês um pouco sobre a minha experiência como estudante em Berlim, na Alemanha, onde fiquei de abril a agosto de 2017.
Masssss, antes disso, vou me apresentar a vocês... bem, me chamo Luise [@lusschroeder], sou natural de Blumenau (SC), e uma entusiasta por todas as maravilhas que o mundo lá fora possui! Sou formada em Relações Internacionais, e foi durante a faculdade que conheci o James, quem me fez o convite para essa publicação.
Por que Alemanha?
Desde jovem a cultura alemã esteve muito presente na minha vida; seja na família, na cidade ou no meu próprio cotidiano (vocês já devem ter ouvido algo sobre a Oktoberfest, certo? A propósito, suuuper recomendo conhecerem) haha! Ao longo dos anos fui acumulando uma vontade de conhecer um pouco mais sobre o país dos meus antepassados, e assim decidi embarcar para este país maravilhoso.
Antes de definir a cidade para onde iria, fiz diversas pesquisas e troquei ideias com pessoas que já haviam ido para lá. Meu irmão havia feito um intercâmbio parecido com o meu em 2016, mas foi para Heidelberg, uma cidade menor, no sudoeste da Alemanha. E minha escolha foi Berlim!
A escola em que estudei se chama Alpadia, e é uma escola com algumas filiais em outras cidades da Alemanha, mas é originalmente suíça, portanto, havia muitos alunos suíços (que falavam francês e italiano), além de, claro, alunos de outras nacionalidades, como sírios, por exemplo (e pouquíssimos brasileiros, diga-se de passagem).
Por intermédio da escola, morei numa “residência” estudantil, um apartamento que dividia com, no máximo, outras três pessoas, localizado a uns 100 metros do Portão de Brandenburgo. Cada um tinha seu quarto, porém dividíamos banheiro e cozinha.
Outros amigos meus moraram em casas de família e, outros ainda, nas chamadas WGs (Wohngemeinschaft), que são repúblicas, divididas com outros estudantes, sendo estes com ou sem vínculo à escola. Cada opção tem seus prós e contras. No meu caso, morar na residência foi ótimoooooo. Além de não ter que dividir os espaços comuns com muitas pessoas (o que se torna bom se você é uma pessoa que preza pela limpeza e organização) tive a experiência de dividir – e conhecer – outras pessoas de diferentes origens. Logo quando cheguei, havia só uma menina suíça no meu apartamento, com quem morei por quase dois meses. Depois de um tempo ela saiu, entrou um rapaz suíço, uma menina espanhola, e por aí foi...
Como disse anteriormente, morava numa região MUITO central (da janela do meu quarto eu via o monumento em homenagem aos judeus do holocausto, conhecem?), havia um supermercado super pertinho, além das muitas linhas de U-Bahn, S-Bahn, tram e de ônibus. A mobilidade em Berlim é incrível: tendo um Google Maps na mão, compreendendo como funciona o sistema de transporte público e tendo um ticket na mão você consegue chegar em qualquer lugar! Raramente houve atrasos dos trens e ônibus, e quando houve, todos os passageiros são comunicados. O U-Bahn e o S-Bahn funcionam praticamente da mesma forma – são metrôs/trens. Além de toda a facilidade de locomoção, você pode facilmente alugar uma bicicleta em diversos pontos da cidade e pedalar pelas ciclo-faixas (ah, e os ciclistas são EXTREMAMENTE respeitados pelos carros!).
Berlim é uma cidade onde você pode fazer tudo. É repleta de história, mas ao mesmo tempo respira modernidade e é JOVEM – e isso se reflete nos seus bairros/regiões. Há regiões que são super cool, enquanto outras bem mais tradicionais. Além disso é uma cidade extremamente segura (em comparação às brasileiras), em que você pode ir viajar com a família ou com um grupo de amigos.
Vocês já devem ter ouvido falar do East Side Gallery, certo? É um pedaço do muro de Berlim que sobreviveu à reunificação alemã e mais tarde serviu de local para diversos artistas, que deixaram suas marcas até hoje. Apesar de ser uma região muito turística, ali pertinho têm vários barzinhos, cafés, além de baladas que valem super a pena conhecer.
Dica: se você curte Techno, não deixe de conhecer o Tresor, que antigamente era uma prisão e hoje é uma balada! Ah, e desembarcando com o U-Bahn ou S-Bahn na Warschauersrtaße, você consegue fazer todas essas coisas que falei aqui em cima a pé, ou de bike.
A comida em Berlim é especialmente super em conta, se formos pensar que estamos numa capital... você vai encontrar todo o tipo de comida internacional: vietnamita, indiana, tailandesa, etc. Sugestão: não deixe de provar o refrigerante “Club Matte”, é feito com erva mate e você vai ver vários jovens bebendo-o na cidade!
Um lugarzinho que vale super a pena conhecer é o Mauerpark, que é nada mais que um mercado de pulgas gigante, e aos domingos rola um karaokê que reúne muita gente. Além disso, para fugir um pouco do programa histórico/cultural de sempre, eu recomendo conhecer a Berlim das ruas. Vá conhecer de bicicleta, de U-Bahn/S-Bahn, ou até mesmo a pé, bairros como Prenzlauer Berg, Friedrichshain, Kreuzberg, Schöneberg e, claro, o Mitte (que é a região central).
Berlim é, em resumo, uma cidade livre. Minha experiência lá foi incrível e eu recomendo vigorosamente quando perguntada. Lá, você pode optar por fazer um tour turístico, tradicional, histórico ou cultural, como também por conhecer uma cidade cool, descolada, jovem e aberta a todos; a opção é sua!